Mulher em blusa rosa de tricô – Free Image on Unsplash
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE em julho, traça um perfil sobre a população brasileira e compara dados coletados em 2012 e em 2021. A PNAD Contínua investiga, regularmente, informações sobre sexo, idade e cor ou raça dos moradores, as quais não somente auxiliam o entendimento e a caracterização do mercado de trabalho, como também permitem entender aspectos sociais e demográficos do País.
As estimativas de população projetadas pelo IBGE, revisadas em 2018, ainda não incorporaram os efeitos da pandemia de COVID19, que resultou na elevação direta dos óbitos, notadamente entre os idosos, assim como na redução de nascimentos, conforme dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Os resultados do próximo Censo Demográfico, previsto para ter início em 1º de agosto de 2022, serão fundamentais para a atualização das Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação
Seguem alguns destaques do que aponta a pesquisa, no que se refere à faixa de população com 60 anos ou mais:
- Em dez anos, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população.
- Em números absolutos, esse grupo etário passou de 22,3 milhões para 31,2 milhões, crescendo 39,8% no período.
- Estima-se que atualmente existem 14,7 pessoas com 65 anos ou mais dependentes para cada 100 pessoas em idade potencialmente ativas. Esse indicador revela a carga econômica desses grupos sobre a população com maior potencial de exercer atividades laborais.
- Na comparação com 2012, a participação da população idosa cresceu em todas as grandes regiões. As pessoas com 60 anos ou mais estão mais concentradas no Sudeste (16,6%) e no Sul (16,2%). Por outro lado, apenas 9,9% dos residentes do Norte são idosos.
- Em Minas Gerais, a estimativa é que 12% das pessoas tem 65 anos ou mais
- Das mulheres que moram sozinhas, cerca de 60% são idosas, enquanto os homens que moram sozinhos são, em média, mais jovens
- Na faixa de 60 anos ou mais, são 78,8 homens para cada 100 mulheres.
A estimativa do IBGE é que até 2060, um quarto da população brasileira terá 65 anos ou mais. Esses indicadores são importantes para sinalizar a potencial necessidade de políticas públicas, inclusive relativas a previdência social e saúde.
E você, querida leitora, querido leitor, será que até lá teremos um Brasil preparado para oferecer qualidade de vida para os 25% da população sendo 60 mais? O que você acharia prioridade de investimento para atender essa realidade?
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